No Departamento de Neurocirurgia da SUNY Downstate, utilizamos um sistema computadorizado para analisar a anatomia tridimensional do cérebro, determinando assim a abordagem cirúrgica ideal. Essa análise computacional requer uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética especial do cérebro, na qual um conjunto de marcadores (fiduciais) é afixado no crânio ou no couro cabeludo. Esses marcadores permitem que o sistema de computador atribua um conjunto detalhado de coordenadas às várias localizações anatômicas do cérebro, permitindo o direcionamento preciso das regiões de interesse. Esse planejamento computacional pré-operatório preciso aumenta a segurança e a eficácia da operação.
Uma analogia seria um sistema de posição global (GPS) moderno. O GPS emprega um grupo de satélites, análogo aos marcadores fiduciais na ressonância magnética do cérebro, e um computador para determinar com precisão a localização de uma pessoa na Terra em relação aos satélites. A estereotaxia é um sistema de GPS para o neurocirurgião, permitindo que ele chegue ao local adequado no cérebro com segurança e rapidez.
Quem é candidato a uma cirurgia cerebral estereotáxica?
As técnicas estereotáxicas são comumente usadas na colocação de eletrodos cerebrais profundos para o tratamento de distúrbios do movimento ou na coleta de amostras de biópsia do tecido cerebral quando há dúvidas quanto ao diagnóstico. As técnicas estereotáxicas também são úteis para orientar a ressecção cirúrgica de tumores cerebrais e otimizar a colocação de cateteres ou shunts no cérebro.